sexta-feira, 23 de janeiro de 2015

AMOR, MARIA?!


AMOR, MARIA?!!...Eu disse 4 letras!”

“Ora Acerta” é um programa que preenche as madrugadas da TVI com puzzles de letras em troca de prémios monetários …(E sobretudo de muitas chamadas de valor acrescentado subtraídas aos mais incautos).

A apresentadora, Joana Vieira, cuja (falta de) “à vontade” com as câmaras e visual mais parecem remeter para uma qualquer Casa de Segredos conseguiu descobrir que “Amor” não tem 4 letras…Será “AmorE”? Deixa cá soletrar S-E-X-…Perdão A-M-O-R, bem aparentemente continuo a contar 4 letras mas o problema deve ser meu!

Bravo Joana! Bravo TVI...A qualidade a que nos habituou! 

quarta-feira, 14 de janeiro de 2015

CHARLIE HEBDO...DIA 1


Maomé verte uma lágrima, segurando o cartaz “Je suis Charlie”. Em cima a frase “Tout Est Pardonnné”, por baixo do título a menção “Journal irresponsible”…Assim é a capa da histórica edição do jornal satírico francês Charlie Hebdo, passados 7 dias do vil e cobarde ataque que vitimou 12 pessoas em Paris.

Numa heroica e desafiante postura de “não cedemos ao medo, não vacilamos perante a chantagem”, os sobreviventes ao ataque à redacção do Charlie Hebdo, beneficiando do apoio do jornal Liberation, lançaram hoje uma edição de 3 milhões de exemplares, disponíveis em cinco línguas e em 20 países…Tendo aliás a mesma já esgotado aos primeiros, direi, minutos da manhã, estando já a ser preparada uma segunda tiragem com mais 2 milhões de exemplares (se alguém souber onde estará disponível em Lisboa, agradeço que me avise).

“Je Suis Charlie” é o mote, o slogan que a todos deve unir na defesa de um dos mais elementares direitos de um estado democrático, a liberdade de expressão. Utilizá-lo, veicularmo-nos a ele não implica necessariamente uma identificação com tudo o que  uma publicação satírica como o Charlie Hebdo representa. Pessoalmente, e do que conheço das anteriores ilustrações do jornal, encontro desde momentos de um humor mordaz, inteligente, numa crítica pungente e sem reservas até outros que considero menos felizes, menos conseguidos, porventura até de uma certa gratuitidade. Mas isto é a liberdade de expressão, a multiplicidade de opiniões com toda a subjectividade que lhe é inerente. 

Haverá limites para a liberdade de expressão, é certo, não sendo por vezes fácil traçar o limite mas este só pode ser aferido pelas instituições e mecanismos próprios do Estado de Direito perante o caso concreto e nunca numa arcaica e atroz vendeta perpetrada por um bando de mentecaptos que mais não defendem que a barbárie, a intolerância e o mais completo desprezo pela vida humana.


“Je Suis…Nous Sommes Charlie!”