quinta-feira, 26 de junho de 2014

De Férias no Brasil...



Uma equipa triste, cansada, sem fio de jogo, descrente,  assim foi a participação de Portugal no Mundial. Se era para passar férias porque raio escolher Campinas, lugarejo perdido no interior de São Paulo, ao invés das numerosas e bem mais apelativas opções ao longo da Costa Brasileira ou mesmo aproveitando-se a "passagem" por Manaus para umas férias mais aventureiras.

Portugal falhou individual e colectivamente, a equipa não respondeu fisicamente e até conceitos elementares como o passe e o domínio de bola parecem ter sido esquecidos.

No saldo dos três jogos efectuados, uma penosa goleada com a Alemanha a abrir, um empate sofrível com a "potência" Estados Unidos e uma vitória de consolação com o Gana em que o nosso avançado em maior destaque foi Boye, o cooperante central do Gana...Que pena ele e Éder não terem trocado de camisola ao intervalo!

Paulo Bento foi um comandante perdido numa embarcação à deriva, tudo começou, em minha opinião, numa escolha pouco feliz dos 23 convocados para o Mundial, quando era nítido, e ficou bem patente, que a condição física e mesmo anímica de alguns dos eleitos era sofrível. 

Danny, André Gomes, Nelson Oliveira, Adrien, Antunes, Carlos Mané ou Ivan Cavaleiro, e porque não falar em Tiago que se mostrou disponível, teriam sido por certo opções interessantes. Porém, para o pior e para o melhor, Paulo Bento é um treinador teimoso, inflexível, fiel ao seu núcleo duro, independentemente da sua condição. 

Já no Brasil, Bento não abdicou dos seus princípios, perdão teimosia, e apostou num meio campo macio e sem ritmo quando tinha William Carvalho, Ruben Amorim e mesmo Rafa no banco. Na ausência de Pepe, inexplicável a expulsão no primeiro jogo, impunha-se Neto ao lado de Bruno Alves com Ricardo Costa desviado para a esquerda. O ataque? Bem esse ninguém o viu por terras de Vera Cruz.

Um CR7 fortemente condicionado foi o rei mas dos penteados! Foram 3, média de 1 por jogo, golos, inversamente, 1 só em 3 partidas. Ronaldo, por quem tenho o maior respeito e admiração, falhou como capitão. O discurso após o empate com os EUA que praticamente nos afastou do Mundial foi feio, deselegante, desvalorizando a selecção e o valor dos seus colegas. Portugal pode estar hoje afastado do lote das 5 (ou 10) equipas mais fortes mas exigia-se a passagem aos oitavos de final.

O que falhou? Os jogadores, a táctica, a aclimatização, a preparação física? (Quem explica as 5 lesões em dois jogos?). 

É tempo de levantar a cabeça, analisar e discutir o que correu mal...Paulo Bento diz que continua, terá condições para tal?

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