sábado, 30 de novembro de 2013

A Blogosfera Vive-se mais no Feminino?



No imenso turbilhão de blogues que surgem diariamente, as mulheres afiguram-se como participantes muito mais activas na promoção e interacção com esta realidade.

Esqueça-se o óbvio dos blogues de moda e decoração onde a presença feminina é dominante, é notória a diferente postura de homens e mulheres na forma como encaram os blogues.

Os homens mostram-se tendencialmente mais expectantes, menos interventivos nas discussões que têm lugar. Os blogues não parecem ser o fórum de discussão predilecto do género masculino, embora no que toque à autoria dos mesmos a repartição seja mais equitativa.

Falando na Cabana do Paraíso, são bem mais as mulheres que me seguem, pelo menos de forma pública, do que os homens. São as mulheres que mais opinam sobre os artigos que escrevo e que os partilham. A elas o meu muito obrigado.


Será este apenas o princípio muito enunciado de que as mulheres têm curiosidade em ler o lado masculino sobre diferentes temas, nem que seja como contraponto, ou efectivamente são as mulheres bem mais activas que nós homens na blogosfera?

quarta-feira, 27 de novembro de 2013

Verde de Vinho Bruno?



Verde de vinho foi por certo a nota dominante do almoço convívio que reuniu adeptos sportinguistas em Braga no passado domingo, onde Bruno de Carvalho proferiu num tom bacoco-popularucho que para resolver os problemas do país “há uma solução simples que as pessoas ainda não descobriram (…) tiramos o vermelho da bandeira e é tudo nosso”.

Presume-se que a infeliz tirada tenho sido feito em jeito de piada, certo é que o presidente leonino ridicularizou um dos símbolos da soberania nacional, reduzindo a bandeira a uma efémera discussão clubística.

Quem exerce funções de responsabilidade ou de algum impacto social não pode expressar-se como o faria em conversas de café ou num círculo restrito de amigos, sobretudo tendo presente a repercussão imediata nos média e redes sociais. Alguém acredita realmente que as palavras de Bruno de Carvalho tenham sido assim tão inocentes?

Infelizmente é esta a classe de dirigentes desportivos com que fomos brindados, que com o seu permanente tom sarcástico ou puramente malicioso impelem a paixão pelo desporto-rei para um ambiente de guerra, demitindo-se depois airosamente de quaisquer responsabilidades sobre os constantes desacatos provocados por dúzia e meia de energúmenos e o ambiente de crispação e diria  de “conflito armado” que se vive nos principais estádios de futebol, tal é a quantidades de artefactos explosivos arremessados.

Caso Bruno de Carvalho não saiba, se o verde assinala esperança, o vermelho da bandeira simboliza o sangue derramado pelos portugueses ao longo de gerações na edificação de uma ideia, de um país que é Portugal.

É caso para dizer, Verde de vinho Bruno?


terça-feira, 26 de novembro de 2013

Calendário Pirelli - 50 Anos


O icónico calendário da Pirelli assinala 50 anos, por ele já desfilaram alguns dos principais nomes da moda e mesmo do cinema das últimas décadas sob a lente atenta dos mais talentosos fotógrafos.

Aquela que é uma das mais esperadas produções fotográficas a cada ano veio mostrar que um calendário celebrando o nu e a sensualidade femininas pode ser bem mais do que "a gaja loira com grandes mamas" que pontua em cada oficina "que se preze".

O calendário com mulheres nuas está tradicionalmente para as oficinas como o quadro do menino da lágrima e os cães de louça estão para alguns lares. Quiçá alguém se terá lembrado que com tanta testosterona em tão pequeno espaço era melhor ter "uma presença feminina" para desanuviar o ambiente.

Esta edição comemorativa dos 50 anos recupera o trabalho do fotógrafo Helmut Newton realizado em 1986 que nunca havia conhecido a luz do dia. Aqui ficam algumas das fotos 





The Addams Family tours Denmark!


"The Addams Family tours Denmark" ou simplesmente uma interpretação mui sui generis da família real dinamarquesa. A obra da autoria de Thomas Kluge, primeiro retrato oficial da coroa dinamarquesa em mais de 125 anos, tem estado no centro da polémica, sendo que a própria imprensa local diz que o resultado mais parece um poster de um filme de terror ou um "desastre do Photoshop".

Kluge defende-se, arguindo que procurou transmitir a imagem de "uma família moderna e uma parte da história real", tendo um porta-voz da casa real acrescentado que a imagem do  príncipe Christian que surge na linha da frente com um ar austero significa que ele "está ciente das suas futuras responsabilidades". 

Quanto a vocês não sei mas sou mais pela opinião do jornal El País que satiriza que o pequeno herdeiro mais faz lembrar uma das gémeas diabólicas do filme "The Shinning". Creepy!

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

Ecletismo a Quanto Obrigas


"UMA CAMISOLA, VÁRIAS EMOÇÕES", é o mote do Sport Lisboa e Benfica para as Modalidades e o paradigma do desporto nacional. Os clubes de futebol são as únicas agremiações desportivas em Portugal com capacidade de aglutinar massas em torno de uma modalidade desportiva ou vetá-la ao puro amadorismo.

Clubes como o Benfica, o Porto e o Sporting mais do que "obrigados a", têm, diria, a responsabilidade social de serem ecléticos, isto apesar das muitas discussões que periodicamente se levantam sobre a sustentabilidade financeira das modalidades ditas amadoras (isto apesar de parte, em bom rigor, ter adquirido o estatuto de profissional ou semi-profissional).


Veja-se o que sucedeu com o ciclismo, modalidade rainha no desporto nacional, que enchia jornais nos anos 70 e 80, altura em que os três grandes rivalizavam no pelotão nacional, ou já mais tarde, no final dos anos 90, quando o Benfica decidiu voltar à estrada, contratando grandes nomes da modalidade. Hoje são basicamente os nossos "emigrantes como Rui Costa que ainda nos recordam da importância tida pelo ciclismo noutras épocas, salvo a euforia (e em assinalável queda) que ainda se vive na Volta a Portugal.

Casos há, pelo contrário, de modalidades que viviam na penumbra do amadorismo, pautando-se por recortes ocasionais nos jornais desportivos e que agora ostentam um mediatismo revigorado face à entrada dos clubes mais emblemáticos do futebol nacional.

O caso do futsal, provavelmente a segunda modalidade com maior destaque a seguir ao futebol, é disso expoente máximo. Um derby Benfica - Sporting tem hoje um impacto mediático e social quase comparável aos duelos que se disputam nos relvados da Luz e de Alvalade.

Fale-se também de outras modalidades, sobretudos as colectivas, como o volley, o basquete e o andebol que só conhecem pavilhões cheios quando estão presentes os colossos de Lisboa ou do Porto.

Clubes não associados ao desporto-rei como o ABC no andebol, o Óquei de Barcelos no hóquei em patins ou o Fonte Bastardo no volley são cada vez mais raras aparições no panorama nacional, tendo perdido porém grande parte da sua capacidade em ombrear com os clubes vindos da esfera do futebol. Para além dos chamados "grandes", saliente-se os casos de Belenenses, Braga, Guimarães, Rio Ave, Académica, entre outros, que vão surgindo noutros desportos.

Não se pense porém que esta realidade é exclusiva do desporto português. O mesmo fenómeno passa-se por regra nos países do Sul da Europa. Real Madrid e Barcelona disputam duelos electrizantes no basquetebol, na Liga que é chamada de NBA da Europa, muito por força da capacidade financeira destes dois gigantes. É no Norte da Europa que esta realidade vai perdendo força. Os clubes dedicam-se geralmente a apenas uma modalidade. Futebol é futebol, rugby é rugby e não é por isso que os estádios ou pavilhões conhecem menos adeptos.


Os EUA são o culminar desta realidade que se opõe diametralmente à portuguesa. Um habitante de Boston é ao mesmo tempo adepto dos Celtics (basquete), Bruins (hóquei no gelo) e Red Sox (baseball), tal como um natural de Nova Iorque festejará pelos Knicks, Rangers e Yankees, respectivamente.

É um aspecto cultural, não se objecte quanto a isso mas igualmente revelador de uma mais limitada cultura desportiva em países como Portugal. 

Inquestionável é porém que os principais clubes de futebol estão umbilicalmente ligados à subsistência das principais modalidades desportivas.

sexta-feira, 22 de novembro de 2013

A Casa do Bacalhau - A Tradição Mora em Lisboa



Fui conhecer A Casa do Bacalhau, no Beato, uma experiência que definiria quase como uma viagem no tempo aos nossos sabores ancestrais e a um conceito de restaurante tradicional, que por meio da panóplia de restaurantes de sushi e das múltiplas cozinhas de fusão pensamos já não existir em Lisboa.

Na Casa do Bacalhau, respira-se tradição, portugalidade, que começa na concepção do espaço, passando pela simpatia genuína de quem nos serve, pelas fotos que ilustram as paredes e na qualidade dos ingredientes, onde o bacalhau impera sobre as demais opções.



Pouco depois de nos termos sentado fomos brindados com os deliciosos pasteis acabadinhos de fazer. Entre as mil e uma maneiras de confeccionar bacalhau que surgem na ementa, decidi optar por uma das especialidades da casa, na Cataplana com ameijoas do Algarve. Se o aroma nos surpreende, o sabor arrebate-nos. O bacalhau alto como se quer e composto por suaves lascas, evidencia uma qualidade não fácil de se encontrar.

A Carmen escolheu um saboroso Bacalhau com natas e camarão.


Palato e estomago satisfeitos, não resisti ainda assim a experimentar as sobresmesas. Mousse de chocolate belga como uma bola de gelado e o creme rico queimado confirmaram os seus predicados. O remate perfeito para tão agradável refeição. 


Tomado o café despedi-me de quem nos serviu com a promessa de voltar. Se A Casa do Bacalhau é aquele sítio onde nos imaginamos a almoçar com os nosso avôs, é também aquele ao qual queremos levar alguém para o honrarmos com o melhor da nossa gastronomia e da arte de bem-servir.



quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Passatempo "Gungunhana - O Último Rei de Moçambique"


É chegado o momento de premiar os leitores que me têm seguido ao longo deste primeiro ano com um passatempo e nada melhor do que começar com um livro que narra um dos episódios mais marcantes do Portugal Colonial no século XIX.

A Cabana do Paraíso em parceria com a Esfera dos Livros tem para oferecer “Gungunhana”, o último romance de Manuel Ricardo Miranda. Para participar tem de:

1. Ser seguidor registado no blog A Cabana do Paraíso.
2. Ser seguidor da página A Cabana do Paraíso no Facebook.
3. Ser seguidor da página A Esfera dos Livros no Facebook.
4. Deixar o seu nome (nome de utilizador Google ad) e respectivo e-mail para que posteriormente o possamos contactar.
O passatempo começa no dia 21 de Novembro e termina no dia 05 de Dezembro. O resultado será comunicado no dia 07 de Dezembro em simultâneo no blog A Cabana do Paraíso e na página do blog no Facebook.
O sorteio será feito através do sistema Random.org (apenas serão consideradas as participações que tenham seguido todos os procedimentos acima referidos).
Boa sorte a todos!

segunda-feira, 18 de novembro de 2013

"Bienvenidos a Merijuana!"


A escuderia britânica Mclaren, procurando capitalizar o apoio ao piloto Sergio Perez, hasteou uma bandeira mexicana num dos seus postos de venda no Grande Prémio de Austin, Texas (EUA). O problema é que bandeira tricolor ostentava uma inusitada folha de cannabis ao centro..."Bienvenidos a Merijuana!"

A marca tem-se desdobrado em 1001 pedidos de desculpa, depois da queixa apresentada pelo consulado Méxicano na região, tendo afirmando que o lamentável erro se deveu à falha de um fornecedor subcontratado para o efeito que em nada representa a Mclaren.

Pedidos de desculpa à parte, o certo é que incómodos "lapsos" como este, de troca de bandeiras ou de hinos,  têm teimado em repetir-se, ganhando um mediatismo instantâneo face à força redes sociais.

 
Toda a gente está por certo recordado das bandeiras portuguesas "made in china" com os "lusitanos" pagodes ou do polémico incidente com a troca das bandeiras norte-coreanas pelas do Sul nos Jogos Olímpicos de Londres.


Entrando numa pseudo teoria de conspiração...e se o erro tivesse sido propositado. Teria sido esta uma afirmação política numa alusão aos violentos carteis de droga mexicanos? Um apoio camuflado à despenalização da marijuana para fins terapêuticos que tem ganho apoiantes num cada vez maior número de Estados Federados? Ou simplesmente, numa toada mais jocosa, uma crítica à notória falta de cultura geral do americano médio?

domingo, 17 de novembro de 2013

O Poder de um Aperto de Mão



Um bom aperto de mão é um óptimo cartão-de-visita e uma demonstração instantânea de firmeza e assertividade. Se pode ser pernicioso limitarmo-nos às primeiras impressões, não é de todo menos importante transmitirmos uma aura de confiança no primeiro contacto.

Nisto não poderia ser menos directo. Abomino um aperto de mão molengão, dado sem qualquer convicção, quase que a medo, isto seja um homem ou uma mulher. 

Quer seja numa entrevista de trabalho, quer quando celebramos o negócio ou simplesmente conhecemos alguém na nossa vida pessoal ou profissional, é fundamental transmitirmos uma boa primeira impressão. Por vezes é a razão que faz alguém querer conhecer-nos melhor ou simplesmente perder de imediato o interesse.

Ao contrário do que também alguns fazem, ter um aperto de mão assertivo, não é uma questão de força mas de firmeza e de postura. À mão inerte (o “limp fish”) não deverá nunca substituir-se o handcrusher.

A forma como damos um aperto de mão revela mais sobre nós do que muitos talvez suspeitem. Um aperto de mão firme, acompanhado da postura física correcta e de contacto visual é um  aliado fundamental quer queiramos conquistar um novo negócio ou simplesmente agradar a alguém. É desde logo uma demonstração de respeito.

Perguntem a uma mulher qual a sua reacção quando se deparam com um homem com um aperto de mão mole, é meio caminho andado para receberem de volta um…”o meu nº de telefone? Ah claro…acho que vem na lista…Então até sempre!”

Em jeito de remate, um pequeno conselho. Nesta roda-viva a que chamamos dia-a-dia, a velocidade vertiginosa a que nos movemos obriga-nos a uma postura permanente de coerência e assertividade, medida nos mais pequenos gesto e comportamentos. E porque ninguém quer ficar a “segurar mãos”, deixe lá o “peixe morto” em casa da próxima vez que der um passou-bem.

Aqui segue uma ilustação para os mais desatentos (apesar da legenda, também aplicável a mulheres...)