segunda-feira, 10 de junho de 2013

Chinfrineira Aérea




Lisboa - Ilha da Boa Vista, 1 de Junho de 2013

Deixei Lisboa rumo ao sol da Boa Vista depois de uma semana infernal de trabalho mas o verdadeiro inferno foi no percurso até lá. 


O voo foi um autêntico coro desafinado de crianças em choros e gritarias estridentes. Nunca havia estado com tantos bebés no mesmo voo. Com 4 horas de viagem pela frente o terror estava instalado.


Isto leva-me à questão…É responsável ou até legítimo deixar embarcar crianças tão pequenas num voo tão longo? Não deverá haver uma idade mínima para viajar?


Para as crianças em tão tenra idade é por certo uma tortura estarem confinadas tantas horas a um espaço tão reduzido. A isto temos que juntar os nefastos efeitos que as mudanças de pressão devida à altitude têm sobre o organismo, sobretudo em corpos ainda tão vulneráveis. 


Para os restantes passageiros é um verdadeiro tormento serem sujeitos a esta sonora “terapia de choque”, um castigo que por certo não merecem.



Os papás dos petizes não se parecem preocupar muito, sobretudo os casais mais velhos. 


Recordo-me que os meus pais só me começaram a levar a mim e às minhas irmãs já tínhamos todos bastante autonomia.


Ter um filho implica certos sacrifícios, responsabilidades. Não é justo estarmos a azucrinar as restantes pessoas só porque decidimos ser egoístas. Esperem 4 ou 5 anos, o mundo não foge!


Pela minha parte o resultado saldou-se numa dor de cabeça à chegada.


A título de curiosidade...Depois do avião ter aterrado instalou-se um certo silêncio (fora a música de fundo). Por momentos estive tentado a elogiar a evolução dos portugueses em ceder à tentação da parolice das palmas. Uma ou outra tentativa tímida mas parecia não haver mais do que isso…até que…ocorreu uma verdadeira sessão de “palmadaria”! Tardou mas lá fez a sua aparência…Se eu encontro a alminha que deu início à “moda” não me esquecerei de brindá-lo com uma valente sova de palmas! 

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